Muitas vezes, os atores precisam improvisar durante a atuação e encenar algo sem qualquer ensaio anterior. Isso nem sempre é fácil, mesmo que a improvisação esteja relacionada à espontaneidade, esse tipo de atuação exige habilidade e bastante treino.
Para isso é necessário estimular a imaginação e criatividade do ator, possibilitando que encontre novas possibilidades de agir em cena e a sua atuação não se torne repetitiva.
Mas como posso encontrar novas formas de atuar?
Jogos Teatrais
Através do jogo teatral podemos experienciar a arte de forma verdadeira, sem qualquer julgamento ou sentimento, passando então a vivenciar rotineiramente a sua criatividade, evocando as suas potencialidades. Jogar em educação e na vida é necessidade. No teatro, ele é um elemento da cultura que ajuda na formação de conceitos. Ele produz conhecimento, sendo diversas as possibilidades do jogo.
Os jogos são baseados em problemas a serem solucionados. O problema a ser resolvido é o objeto do jogo que proporciona o “foco”. As regras do jogo teatral incluem a estrutura dramática (Onde, Quem, O quê) e o objeto (foco). Os jogos são usados tanto no contexto da educação como para o treinamento de atores e são baseados em problemas a serem solucionados. O jogo teatral propicia o diálogo na busca de soluções para os problemas apontados, onde o ator recorre às suas próprias emoções e sentimentos guardados na memória, relembra situações e recorre aos seus próprios conceitos, capazes de definir suas escolhas para que ele as possa levar para a cena (BROOK, 2012).
NESTE SENTIDO, É IMPORTANTE IMAGINAR!
A imaginação toma a iniciativa no processo criativo, arrastando consigo o ator. Não somente a ação se faz necessária, mas tanto quanto a imaginação do ator, muitas vezes sendo motivado pelo externo (fazendo assim um exercício de improvisação).
No final toda ação necessita da imaginação, assim como a imaginação vai requerer uma ação para se realizar.
Para que a cena improvisada aconteça, a imaginação é muito mais importante que os objetos cênicos, por exemplo. Segundo Spolin (2010, p. 04), “não é imaginar por imaginar, mas imaginar para que aconteça uma ação genuína e acreditar na mesma”.
O improviso é uma modalidade teatral onde o ator deve trabalhar a sua imaginação para que o resultado final supere as expectativas (assim como em qualquer outra modalidade), pois quanto mais inusitadas e criativas as situações criadas, mais o público será prendido pela peça. Ao invés de partir de uma dramaturgia pré-estabelecida, os artistas interpretam algo não pensado ou articulado anteriormente. Nos espetáculos de improviso, os atores entram em cena com o mínimo de informação, com ou sem um roteiro, e sem textos decorados. Essa técnica já era muito comum nos rituais em homenagens aos deuses na Grécia Antiga e foi também utilizada pela Commedia Dell’arte, e ao contrário do que muitos ainda pensam, é necessário muito estudo e preparo por parte dos atores.







